Posse da Ministra da Igualdade Racial Anielle Franco

Hoje tomou posse a Ministra da Igualdade Racial Anielle Franco, mulher negra com um currículo acadêmico e de vida que sabe a dor de tantas mulheres negras que perderam entes queridos pela violência do estado machista dominado pelas quadrilhas de políticos a serviço de uma extrema direita e das igrejas neopentecostais nas pessoas de suas lideranças machistas e corruptas.


Hoje, de forma histórica, as Ministras Anielle Franco e Sônia Guajajara representantes dos povos originários de África e da América assumem ao som dos atabaques e maracás com um alujá ritmo para Xangô! Numa quarta-feira, dia do conhecimento da Justiça Xangô.


É preciso que ouçam os povos e comunidades tradicionais indígenas e de matriz africana. É preciso ter coragem de colocar nossos corpos-memória, legado de tantas e tantos, é preciso que o Brasil entenda que somos muitos!
Hoje tivemos uma Matriarca presente com suas roupas tradicionais.
Hoje, o Pano da Costa e o turbante símbolos da resistência matriarcal estiveram presentes!
Estivemos lá, não mais anônimos!


Como disse a ministra, mencionando Lúcia Xavier mulher negra Ekede de Mãe Beata de Yemanjá importante ancestral e presidente da ONG Criola , “África liberta, tem suas trincheiras quantas guerreiras anônimas brasileiras”!

Nos fizeram presentes!
Povos de matriz africana, presentes!

Numa quarta, ao som do rei! Isso é ancestralidade! Isso é Xangô!

Natureza morada dos orixás nkisi voduns e encantados preserve.

Matéria
Texto Yá Katiuscia de Yemanjá
Edição Aderbal Ashogun

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Mãe Beata e a força das mulheres na defesa da diversidade biológica, cultural e religiosa

Mãe. Essa é a chave para entender a resistência do povo negro diante das políticas genocidas da história do Brasil. Dos navios negreiros até hoje, foram as mães pretas que mantiveram e mantêm a nossa cultura, dignidade e ancestralidade. bolsa de pierna decathlon
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Mãe Beata de Iemanjá é uma delas. A menina Beatriz nasceu em Iguape, interior do Recôncavo Baiano, nos anos de 1930. Desde pequena percebeu que sua sobrevivência estava ligada à manutenção de sua ancestralidade.

Viu nos terreiros de candomblé um reduto de preservação da língua, comida, dança, música, medicina natural das plantas e narrativas de seus avós. Se iniciou no candomblé nos anos 50, em Salvador, com Olga do Alaketu, sacerdotisa descendente do antigo reino do Ketu, no atual Benin.

Pequena África

Mãe Beata foi para o Rio de Janeiro com 4 filhos no fim dos anos 60, em busca de uma vida melhor. Refez o caminho que suas tias baianas, fundadoras da Pequena África (o centro do Rio de Janeiro) no início do século. Trabalhou como doméstica e costureira, entre outros serviços, até se aposentar e conseguir fundar sua própria comunidade de candomblé em Miguel Couto.

Chamou sua roça de candomblé de Ilê Omiojuaro, que na língua iorubá quer dizer “a casa das águas dos olhos do caçador”. Lá se firmou como liderança e se destacou por defender a causa das mulheres, dos pobres, dos negros e do respeito pela diversidade cultural, biológica e religiosa.

               “Como sei de onde eu vim, sempre soube onde chegar”, afirmava Mãe Beata

Nós, da Rede Afroambiental, trazemos esse legado de Mãe Beata de Iemanjá. A  força de seus mares continua a emanar amor, justiça e esperança.